Cultura e Turismo: o encontro da fraqueza com o fraco

Símbolos do turismo e da cultura de Ilhéus
Maurício Maron

Ao unir Turismo e Cultura numa única secretaria, o prefeito de Ilhéus permitiu, definitivamente, o encontro da fraqueza com o fraco.

Turismo e Cultura nunca foram prioridades nem desta nem de muitas gestões que passaram pelo Palácio Paranaguá. Mas o que preocupa não é apenas a falta de iniciativa dos gestores. É, sobretudo, o abandono a que foram relegados estes segmentos.

Na Cultura, o vazio dos palcos e equipamentos ao léu são a marca do abandono e da falta de entendimento sobre o que o setor representa para a cidade. Os prédios históricos que abrigam os equipamentos culturais estão sem manutenção, abandonados até.

No Turismo, a presença de uma voz silenciosa - e ao que parece, solitária - de uma representação que não consegue sequer montar um calendário de final de ano que atraia visitantes e que promova a cidade. 

Os boatos de que 2020 começaremos com mudanças no comando do setor, revelam o efeito mas escondem a causa. O que o prefeito cobra está muito longe do que o prefeito oferece.

Sem apoio, troca-se (como sempre se fez) nomes mas mantém-se o desinteresse institucional. É seis por meia dúzia, jogando a culpa para quem estava e nunca para que tem o poder decisório de fazer acontecer.

Chama a atenção, também, o silêncio das entidades ligadas ao turismo. Pouco dizem, nada cobram.

Noutras época eram vozes altivas, presentes e críticas.

De onde vem este silêncio ensurdecedor? Para onde vai tanto descaso?